domingo, 3 de julho de 2011

Cromos do meu baú 27 - Adesivo da praia

Fartei-me de pesquisar mas não encontrei uma imagem alusiva a esta minha recordação. Em criança, e antes da época balnear, era obrigatório fazer uma visita ao pediatra, para me colocar um adesivo nas costas que ali devia permanecer alguns dias julgo eu (essa parte não me lembro muito bem) e depois quando ia retirar o dito, era informada se estava em condições para ir para a praia ou não. Não faço a mínima ideia como se analisavam os resultados, se aquilo fazia alguma reacção na pele que fosse indicadora ou não. O certo é que esta alminha não podia começar a ir à praia sem antes fazer o teste do adesivo. Mais alguém se lembra disto? Beijinhos e abraços. Até já

4 comentários:

  1. Claro que sim. Todos os anos antes da época balnear lá tinha de passar esse teste :(

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    1. Olá. Só li hoje esta publicação. Sei que é antiga, mas ainda assim...
      Vê o teu email. Mandei-te a foto do penso. Era mesmo isto!!!!!!!

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  2. Olá Xana
    Quando eu era criança não tive a vossa sorte. As férias eram passadas a regar, sachar, tirar batatas e apanhá-las descamisar milho e feijões. Enfim! Um rol de actividades do campo. No interior, e numa aldeia da serra que nem sequer dava saída aos carros, tinham de voltar para trás os meios de transporte os poucos que lá chegavam, não havia tempo nem dinheiro para praia. Mas recordo um belo dia era eu criança da escola primária, o sr. Padre na missa dominical disse que as mães que o desejassem podiam inscrever as suas filhas (só meninas) para poderem ir uma semana à praia e creio que nada se pagava ou seria algo irrisório. No final da Missa , minha mãe deve ter sido a primeira a dirigir-se à sacristia para que suas filhas pudessem usufruir de tal bem. Faltava o traje condigno para uma saída da aldeia serrana, Prados concelho de Celorico da Beira, terra daquele que foi um bom ministro da educação - Veiga Simão -Ora tratou minha mãe de fazer calções bem compridinhos e com peitilho e bolsos, dizia ela, para meter o lenço das mãos. Lá encontrou uma popeline branca ou talvez fosse chita com grandes bolas vermelhas e fez -nos então uns calções tufados que hoje me fazem lembrar os que usou Camões ele que me desculpe a comparação. Foi assim que pude passar uns dias à beira mar sem selo nas costas nem noutro local do corpo bem tapadinho que nos tapava quase o pescoço, não fosse o sr. prior revoltar-se com a nudez das inocentes crianças. Recordo o poeta Augusto Gil quando dizia na conhecida balada da neve: “ mas as crianças Senhor….porque padecem assim?”

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  3. Obrigada Carla. Obrigada Rosi, estava com saudades dos teus comentários e este transmite outra realidade que não vivi. Obrigada e um beijinho

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